Alzheimer: Como um exame de vista pode identificar a doença antes mesmo dela aparecer?
O Alzheimer é uma doença que ainda não possui cura. Infelizmente, até agora só foi possível identificá-lo com o aparecimento dos sintomas que surgem com o tempo. Então, por agir de forma silenciosa é muito difícil tratá-lo para retardá-lo.
Seu progresso ocorre com o avanço da idade. Além disso, traz bastante dificuldades e sofrimento a quem convive com ele. No entanto, já pode ser identificado precocemente, com a ajuda de tratamentos prévios para atrasá-lo, acompanhe.
Entenda o Alzheimer
Ele surge com o processo de envelhecimento. Então, as células cerebrais começam a morrer e apresentam anomalias em suas proteínas. Assim, quem desenvolve essa doença neurodegenerativa apresenta algumas dificuldades, como:
- Complicação em atividades básicas (falar, comer, etc…)
- Dificuldade de memorização;
- Mudança de comportamento;
- Problemas de raciocínio.
Avanço da doença
O Alzheimer se manifesta com o esquecimento de situações simples. Com sua evolução, seu portador passa a esquecer eventos recentes e passados. Então, termina não reconhecendo os próprios parentes ou a si próprio, prejudicando sua qualidade de vida.
Alzheimer e a visão
O cérebro é um órgão que está diretamente ligado com os olhos, especialmente com a retina. Segundo cientistas, ela se localiza na visão humana e possui células nervosas. As quais passam informações à região cerebral por meio de impulsos eletroquímicos.
Precisamos da interação entre esses dois órgãos para enxergar. E devido a essa ligação que pesquisadores já conseguem detectar mudanças na vista que indicam o desenvolvimento de Alzheimer.
Como identificar
Por meio de exames simples e não invasivos os profissionais conseguiram observar algumas alterações bem importantes.
Mudanças na retina
Alguns estudos mostraram que a espessura da camada da retina de pessoas que possuíam Alzheimer apresentou mudanças. Ela se tornou mais fina e com menos vasos sanguíneos atrás dos olhos. O que tem relação com a redução do hipocampo.
Outro fator que chamou atenção foi a diminuição do tamanho das células ganglionares, incluindo seu núcleo. As quais contribuem para mandar a informação captada pelos olhos ao córtex visual, localizado no cérebro.
Aumento de proteínas específicas
O crescimento das proteínas Beta-amilóides degrada as células nervosas, dificulta as sinapses e aumenta as chances dessa disfunção. Foi o que concluiu estudos realizados com camundongos que possuíam a enfermidade. Neles, havia maior concentração delas.
O curioso é que elas costumam se aglomerar e formar placas em casos de possíveis infecções. Ou seja, funcionariam como uma tentativa de proteção do cérebro contra microorganismos.
Gene APOE com alelo problemático
A apolipoproteína, conhecida como APOE, é encontrada nas lipoproteínas HDL e VLDL. As quais transportam gordura para o nosso plasma. Elas também são encontradas no cérebro, onde transportam o colesterol e mantém a integridade da bainha de mielina.
Ela contribui para o bom funcionamento cerebral. No entanto, em indivíduos com a presença do alelo 4, houve o desenvolvimento da doença. Foi o que concluiu diversas pesquisas em pessoas com o problema. Então, sua presença é um indício considerável.
Varreduras oculares para indicar indícios de Alzheimer
É possível identificar o Alzheimer por exames oculares como as varreduras na retina. Entre elas, está a conhecida como angiografia por tomografia de coerência óptica. Além disso, essas técnicas podem ser feitas em exames de rotina e não são invasivas.
Alzheimer pode ser adiado
De acordo com pesquisas, essa perda progressiva de memória pode ser identificada com até 20 anos de antecedência. O que nos permite investir em melhores tratamentos para desacelerá-la e até mesmo preveni-la.
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