Terçol ou conjuntivite: Principais diferenças
Existem uma série de doenças oculares que podem ser bastante incomodas e causarem confusão por apresentarem similaridades entre si. Assim, algumas são mais conhecidas do que outras, como a exemplo do terçol ou conjuntivite.
Portanto, esse post tem como objetivo esclarecer tudo sobre essas duas condições citadas. Então, acompanhe o que é cada uma, se existe cura e quais são os principais cuidados relacionados a prevenção das mesmas.
O que é conjuntivite?
É caracterizada por ser uma inflamação que atinge a região da membrana transparente, também chamada de conjuntiva. Ela é responsável por cobrir o que se conhece como a parte branca do olho.
Além disso, essa condição causa irritações no interior das pálpebras. Em geral, ela se manifesta nos dois olhos, podendo durar de 7 a 15 dias. Apesar disso, a conjuntivite dificilmente deixa rastros ou sequelas.
Ela costuma ser causada por reações alérgicas a certos componentes, como o cloro. Também, vírus e bactérias podem ser os agentes principais dessa doença. Então, acompanhe alguns sintomas bastante comuns que seus portadores apresentam.
- Olhos vermelhos;
- Olhos lacrimejando;
- Sensação de areia no olho;
- Coceira (presente em terçol ou conjuntivite);
- Secreção;
- Fotofobia;
- Inchaço das pálpebras.
Fique atento as causas, tendo em vista que o tipo de tratamento pode sofrer variações. Então, conheça mais a fundo os tipos existentes.
1- Infecciosa
Aqui, as bactérias e vírus são os protagonistas. O portador deve ter muito cuidado, pois esse tipo é contagioso. Desse modo, compartilhamento de objetos pessoais e contato direto deve ser evitado a todo custo.
2- Alérgica
Pessoas que são mais suscetíveis à rinite ou bronquite são as mais afetadas. Diferentemente da primeira, esse tipo não é contagioso, no entanto não dispensa cuidados.
Além disso, ela apresenta quatro subtipos: a sazonal, ceratoconjuntivite atópica, conjuntivite primaveril e a conjuntivite papilar gigante. Essa última em especial, está diretamente relacionada com o uso de lentes de contato.
Existe cura para conjuntivite?
Essa é uma dúvida bastante frequente entre as pessoas afetadas. Geralmente, condições oculares como terçol ou conjuntivite não são graves. A primeira requer um tratamento, que se seguido à risca, resulta na cura do paciente.
Entretanto, as formas de se tratar vão divergir com base no tipo da doença. Por isso, é interessante que o diagnóstico seja feito corretamente. Assim, quaisquer imprevistos podem ser evitados.
1- Conjuntivite viral
Nesse tipo, não existe um tratamento específico. Basicamente, o melhor a se fazer é utilizar de artifícios que amenizem os sintomas. O uso de colírios para descongestionar a região, é uma das opções mais populares.
2- Conjuntivite bacteriana
Aqui, a melhor forma é tratar com colírios antibióticos. Claro que, esses medicamentos devem ser sempre prescritos por um profissional da área. Alguns deles podem causar danos severos se usados incorretamente.
3- Conjuntivite alérgica
Bem como no primeiro tipo, o tratamento está voltado para diminuir os sintomas. Pode ser um quadro crônico, então esses cuidados devem ser constantes (isso serve para terçol ou conjuntivite). Veja alguns deles logo abaixo.
O que é terçol?
Ele também é um tipo de inflamação. Aqui, as glândulas presentes nas bordas das pálpebras são as afetadas. Elas podem ficar entupidas ou serem infectadas por uma bactéria.
Apesar de simples a identificação, muitas pessoas confundem as definições de o que é terçol e o que é calázio. Essa última é um cisto que não é infeccioso e só pode ser removido com cirurgia.
Portanto, é sempre importante consultar um oftalmologista para que o diagnóstico possa ser feito de forma precisa. O nome correto da doença é hordéolo, e suas respectivas glândulas são Mol e Zeiss.
Além disso, diferentemente da primeira condição, essa não é contagiosa. No entanto, mesmo parecendo algo simples, ela não deve ser negligenciada. Isso porque em casos mais raros, a situação pode se agravar.
As causas para tal podem ser das mais variadas. Independentemente de ser terçol ou conjuntivite, esses fatores devem ser levados em consideração pelo profissional.
O terçol acontece quando os elementos constituintes da parte lipídica da lágrima, são completamente vedados. Assim, veja algumas possíveis causas abaixo.
- Infecção bacteriana;
- Blefarite;
- Defeito no funcionamento da glândula;
- Muita oleosidade no olho.
Alguns sintomas dessa doença convergem com a primeira condição abordada no artigo. Já outros, são peculiaridades do terçol. Acompanhe quais são eles.
- Dor no local;
- Vermelhidão e calor na região;
- Visão embaçada;
- Sensibilidade a luz (fotofobia);
- Sensação de presença de algum corpo estranho no olho;
- Lacrimejamento.
Quais as formas de tratamento existentes?
Em casos muitos graves são receitados alguns medicamentos. Então, o médico providenciará a melhor solução. Porém, em grande parte das vezes, algumas medidas caseiras são mais que suficientes.
Assim, uma das mais conhecidas é compressa de água morna. Essa é uma alternativa bastante recomendada pelos especialistas no assunto. Ela consegue diminuir o inchaço (em caso de terçol ou conjuntivite).
Também, ela absorve as substâncias que estão acumuladas na pálpebra. Entretanto, a temperatura da água é motivo de atenção. Lembre-se de que esse é um local muito sensível, e muito calor pode acabar danificando essa região.
Desse modo, a aplicação de quatro a cinco vezes durante o dia por vinte minutos costuma ser eficiente. Podem ser usadas bolsas de água, gazes ou até algodões, a depender do que se tem disponível.
Outra forma de tratamento, é o uso de colírios com função anti-inflamatória. Essa em específico, não deve ser feita por conta própria. Nunca se automedique.
Existe cura para terçol?
A resposta é sim. Dentro de uma ou duas semanas o paciente notará o sumiço do hordéolo. Raramente ocorre dele durar mais tempo, nesse caso é importante buscar ajuda médica.
Então, apesar de existirem formas de tratamento, algumas complicações podem acontecer. Inflamações mais severas como as celulites, são um exemplo.
Terçol ou conjuntivite, são condições que raramente evoluem para algo mais preocupante. Entretanto, no caso da primeira, a formação de abcessos exige cuidados. Isso tendo em vista que eles podem resultar na necrose da região, e deixar cicatrizes.
Além disso, se após curado, ele voltar a aparecer você deve tomar algumas precauções. Acompanhe as três principais coisas que não podem ser feitas em hipótese alguma.
- Espremer a região;
- Usar maquiagem;
- Usar lentes de contato.
Como saber se é terçol ou conjuntivite?
A primeira coisa a se fazer ao notar um desconforto na região ocular, é sempre procurar um médico. Só ele poderá dar respostas e soluções claras e efetivas sobre o que é cada uma delas.
O diagnóstico da primeira doença em questão, é feito com o uso da lâmpada de fenda. Essa ferramenta oftalmológica permite que o médico observe melhor o olho do paciente, por ter uma luz de alta intensidade.
O terçol ou conjuntivite são condições que são facilmente identificadas, tendo em vista que são visíveis. Na maioria dos casos, o especialista tomará isso e os sintomas apresentados, como base para o diagnóstico e tratamento.
Cuidados para não ter terçol ou conjuntivite?
Apesar de não ser possível se blindar de adquiri-las, existem algumas ações que podem auxiliar na prevenção. Sabendo o que é terçol, veja quais são as medidas protetivas, e como são fáceis de pôr em prática.
- Utilizar produtos específicos para higienização dos olhos para portadores de blefarite;
- Sempre remover completamente a maquiagem antes de dormir;
- Balancear a dieta e buscar auxílio de um dermatologista, em casos de excesso de oleosidade.
Agora, tomando como base o que é conjuntivite, aprenda alguns cuidados que podem te ajudar. Lembrando sempre que independente da condição, uma higiene correta dos olhos é sempre a parte mais fundamental.
- Lavar as mãos frequentemente, com sabão e água (isso para terçol ou conjuntivite);
- Evitar ficar coçando a região ocular;
- Não compartilhar cosméticos, pomadas ou colírios;
- Em caso de manipulação de elementos químicos, usar sempre os óculos de proteção;
- Evitar sempre que possível a exposição a agentes irritantes como pólen ou fumaça;
- Caso pratique natação, usar os óculos de mergulho;
- Não compartilhar toalhas de rosto;
- Jamais utilizar medicamentos, seja colírio ou pomada, sem prescrição médica;
- Não usar objetos de pessoas contaminadas;
- Evitar ao máximo nadar em locais onde a água não sofre nenhum tipo de tratamento;
- Não entrar em contato com pessoas com conjuntivite;
- Desinfectar superfícies tocadas por contaminados com álcool 70%.
Algumas dúvidas recorrentes
Por fim, esse tópico aborda uma série de questionamentos bem frequentes entre os interessados nesse assunto. O primeiro deles está relacionado com o período no qual as compressas podem ser aplicadas.
Então, a resposta é que não existe um tempo exato. O paciente pode fazer seu uso (para terçol ou conjuntivite), até os sintomas amenizarem ou sumirem de fato. A diferença é que na última, essas compressas devem ser frias e não mornas.
Outra dúvida está no uso ou não do soro fisiológico. O mesmo pode sim ser utilizado para lavar a região, evitando que acumule secreções. No caso da conjuntivite, esses líquidos sofrem variações de acordo com seu tipo.
Então, na viral essa secreção é clara e esbranquiçada, enquanto que na bacteriana ela é amarelada ou verde. E ainda, o prurido pode estar presente em qualquer um deles.
Além disso, no caso do terçol, muitas pessoas acreditam que o sol piora o quadro. Isso não é verdade. O que acontece é que o olho adquire uma maior sensibilidade à luz. Porém isso não impacta na evolução da doença.
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